New Divide - De como os sumiços começaram a acontecer

sexta-feira, 28 de maio de 2010


As semanas seguintes passaram exatamente como eu queria: sem a presença de Sam. A parte ruim da história era que Leah também não estava em casa. Os dois estavam saindo mais que de costume. Infelizmente eu via Sam quando ele vinha buscar minha irmã. Geralmente eu atendia a porta. Hoje eu estava à ordem de Leah apenas para recebê-lo, ela havia se atrasado. Mas ele não bateu a porta, escancarou-a berrando as paredes:

- Peter sumiu! – o garoto estava paralisado entre a sala e varanda, ele estava sem dúvida assustado. E aquilo me deixou receoso. Aonde Peter se meteu? , ele não podia sumir assim. Era meu amigo! Ele era importante, eu nem tinha palavras, comecei a gaguejar.

- Como assim, ele só ... puf ? – franzi os lábios, e comecei a andar de um lado para o outro. O nervosismo havia tomado conta dos meus músculos, aquilo era involuntário. Podia sentir os saltos de meu coração. E então Leah interrompeu, com uma expressão difícil de ler, parecia confusa. Ela sabia que nada estava bem. Seguimos de pressa para a casa de Peter. A incrível e grande casa branca de madeira estava vazia, apenas com algumas caixas em seu interior, algumas cortinas rasgadas e um papel amarelado, na janela da cozinha, com uma letra feia que dizia vende-se. Um frio na espinha invadiu meu corpo, sabia que seria horrível se Peter partisse.

- Não é a letra de Peter. – Comentou Sam.

- Pode ser dos pais dele. – Completei.

- Do pai talvez. A mãe dele mora na Itália, eles são de lá, vieram em busca de trabalho, Peter comentou que sua mãe estava doente. – O silêncio começou a tomar conta do lugar. E o vento cortante avançava sobre minha pele, que parecia ceder.

- Peter... – Disse Leah com relutância. Era seu melhor amigo. Ela e Sam se abraçaram, e lágrimas surgiram, molhando o ombro de Sam. Era a única palavra que minha irmã conseguia pronunciar, Peter.

Os dias foram seguidos por depressão, Leah passava o dia trancada em seu quarto. E nem era a pior parte. Sam também tinha sumido. Hoje, especificamente, fazem doze dias. Ele a deixou, como Peter. Isso a causava horas de desgosto, choro e amargura. O que há de errado com Sam? Eles eram um casal perfeito, ou quase. Mas acho que nem tudo estava acabado. Sam fugiu, literalmente. Nem sua mãe tinha notícias. Mas segundo ela Sam voltaria em breve. Sinto que era por isso que Lee estava menos preocupada com seu namorado. Segundo algumas testemunhas há alguns dias ele correu para a floresta. Isso assustou Leah. E era a pior sensação do mundo. Ver Leah naquela situação. Eu não podia fazer nada. Havia me distanciado dela por causa de Sam, tentei conversar algumas vezes, mas não escutei nada, apenas o silêncio. Discursei a porta do quarto de minha irmã, mas ela não abriu a porta, nem para mim, nem para mamãe. O motivo segundo Sue era Peter. Mas eu achava que era em relação a tudo, talvez eu fizesse parte do problema também. Ela saia para comer e tomar banho, mas geralmente ficava em seu quarto, dizendo que estava tudo bem, fingindo. Talvez o único que acreditasse nisso era nosso pai. Mamãe deu a ela uma escolha, para que Leah visse nela uma amiga, e agora só restou a mim, era meu dever fazer Leah se sentir melhor, fazer com que as olheiras e as marcas de lágrimas nos travesseiros sumissem. Muita responsabilidade para um garoto.



Para saber mais...Wolfics

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